Após ações judiciais, escolas particulares do DF voltam com aulas presenciais
Retorno presencial não é obrigatório e unidades continuarão oferecendo conteúdo on-line para os alunos que optarem pelo ensino remoto
Após seis meses de suspensão das aulas presenciais, as escolas particulares do DF estão autorizadas a retornar com as atividades a partir desta segunda-feira (21). Enquanto na rede pública a volta ainda está longe de virar realidade, nas instituições particulares, a liberação ocorreu em meio a uma batalha judicial. O GDF chegou a liberar em 27 de julho, mas, no dia seguinte, a proibição das atividades voltou a ser imposta.
Depois de audiência de conciliação virtual, entidades que representam escolas e os docentes definiram um novo calendário para a retomada. Hoje começam as atividades da educação infantil – de 0 a 5 anos – e do ensino fundamental 1 para alunos do 1º a 5º ano. No caso do ensino fundamental 2 – 6º ao 9º ano – o retorno está previsto em 19 de outubro. Já o ensino médio e os cursos profissionalizantes retomarão as classes presenciais em 26 de outubro.
Segundo levantamento feito em maio pelo Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe), que representa mais de 570 escolas, com a participação de mais de 34 mil pais e/ou responsáveis da rede particular, nem todos retornariam ao ambiente escolar no primeiro momento.
“Foi uma decisão acertada, pois será possível acolher os filhos das famílias que precisam trabalhar e querem um espaço seguro de aprendizagem. Acreditamos que 25% das escolas voltarão, e entre 20% e 30% dos alunos estarão na sala de aula”, disse presidente do Sinepe, Álvaro Domingues.
Como o retorno presencial não é obrigatório, as escolas continuarão oferecendo conteúdo on-line para os alunos que preferirem o ensino remoto. “Existe um número considerável que prefere aguardar, ou tem restrições de saúde, e naturalmente deve ser respeitado em seu direito. Porém, isso não pode impedir àqueles que, por opção ou liberdade, precisam e desejam que seus filhos estejam amparados numa instituição devidamente credenciada”, avaliou Álvaro.
Por decisão judicial, não haverá testagem em massa para detectar a Covid-19 entre profissionais das escolas. O teste é exigido apenas para os que tiverem suspeita de contaminação ou que tiveram contato com pacientes da doença.
Da Redação Cerrado News