As polêmicas sobre volta do futebol, com a sombra da Covid-19
Listamos 8 pontos que levantam o debate no meio esportivo, sobre como a pandemia ainda é um desafio a ser enfrentado
A volta do futebol em todo o Brasil está sendo marcada por muitas polêmicas. E não são dentro das quatro linhas e nem envolvendo questões futebolísticas. O problema continua sendo a pandemia do Coronavírus. Praticamente todas as competições em território nacional retornaram com as atividades, como as quatro divisões (A, B, C e D), Copa do Brasil, Copa do Nordeste (já finalizada) e os campeonatos estaduais (esses nem todos). No estado de Goiás, por exemplo, o torneio local só retorna em janeiro, ainda com a penúltima rodada da fase de grupos e em seguida, o mata-mata.
Os novos protocolos e as novas medidas de segurança passaram a ser primordiais em todas as arenas e partidas de futebol. Entretanto, a novidade trouxe muitas divergências.
Confira algumas polêmicas envolvendo a Covid-19 no Brasil desde que o esporte voltou a ser praticado.
1- Flamengo
Esse é um dos casos mais comentados nos últimos dias. Diversos jogadores e membros da comissão técnica do rubro-negro carioca estão contaminados com o Coronavírus. Por esse motivo, a equipe solicitou à CBF que adie a partida contra o Palmeiras, válida pela 12ª rodada da Série A. O time paulista já se pronunciou afirmando que discorda do pedido.
O Flamengo ainda enfrentou um agravante na viagem ao Equador para o jogo contra o Barcelona, pela Taça Libertadores. Da delegação, 27 pessoas confirmaram positivo para o vírus.
2- Goiás
O duelo entre Goiás e São Paulo deveria ocorrer na primeira rodada do Brasileirão 2020, em 9 de agosto. Entretanto, a partida ainda não ocorreu, pois a equipe goiana teve diversos atletas confirmados com a Covid-19, desfalcando assim de maneira abrangente e prejudicando toda a logística e planejamento. O debate é ainda mais grave, pois o jogo foi suspenso de última hora, ainda com os jogadores do São Paulo em campo, na Serrinha. O Goiás é o lanterna da Série A, e não conseguiu uma boa sequência de vitórias por conta dos desfalques.
3- Atlético-GO
Antes da partida entre Atlético-GO e Flamengo, pela 2ª rodada da Série A, foi confirmado que quatro jogadores da equipe goiana testaram positivo, e que mesmo assim poderiam ser escalados sem maiores problemas. A notícia causou diferentes reações nas redes, mas depois foi esclarecido que aqueles jogadores haviam contraído o vírus em outro momento e que, na ocasião, não estavam mais com a doença.
4- Campeonato goiano
De todos os times da Série A, apenas os goianos não encerraram seu campeonato estadual. A competição só deve retornar em janeiro de 2021, ainda com dois jogos na fase de grupos e o mata-mata em seguida.
5- Campeonato catarinense
O torneio de Santa Catarina teve que ser paralisado de última hora nas quartas de final por determinação da Vigilância Sanitária da Secretaria do Estado da Saúde. Foram confirmados 14 casos no elenco e comissão técnica da Chapecoense.
6- Atacante Fred
Poucos dias após estar em campo para a disputa de um clássico entre Fluminense e Flamengo, pela 9ª rodada, o atacante Fred foi confirmado com a Covid-19. A partida foi realizada em uma quarta-feira e o diagnóstico foi feito na sexta-feira da mesma semana. A situação acabou gerando debate, já que o jogador poderia ter jogado infectado.
7- CSA
A equipe do CSA teve 18 atletas infectados e CBF foi obrigada a adiar duas partidas da Série B. O CSA é o vice-lanterna da competição e chegou a ter apenas 13 jogadores sem o vírus.
8- Breno Calixto, do Treze (PB)
A história mais contundente partiu de um desabafo feito pelo zagueiro Breno Calixto, do Treze (PB), que enfrentaria o Imperatriz, pela Série C. “Teve a semana inteira pra fazer os testes e no mínimo chegar os resultados na quarta ou quinta”, reclamou ele no Twitter. “Você faz todo o protocolo, se tranca num hotel, perde o Dia dos Pais e no final não tem jogo. E o pior, já pensou se nós jogamos contra os caras com 12 positivos? Todo mundo infectado, e nossas famílias depois? Que desorganização no nosso país, é na política, é no futebol, é em todo lugar mesmo”, desabafou.
O protocolo da CBF prevê que os jogadores sejam testados 72h antes de cada partida e que aqueles com resultado positivo sejam afastados e postos em quarentena. Mas com a demora entre a coleta das amostras e o resultado, atletas compartilham ônibus, avião, quartos de hotel e vestiários, sem saber se têm o vírus ou não.
Da Redação Cerrado News