64% das cidades brasileiras não terão festas públicas de fim de ano, diz pesquisa

Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgou levantamento nesta sexta-feira (10).

Queima de fogos, em imagem de arquivo — Foto: Miguel Nery/TV Mirante

Levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), divulgado nesta sexta-feira (10), mostra que 64,7% das cidades brasileiras não vão ter festas públicas de réveillon. Em algumas unidades da federação, eventos foram cancelados devido à variante ômicron, do novo coronavírus.

O estudo levou em consideração 2.662 cidades brasileiras. Dessas, 1.723 optaram por não realizar festas de Ano Novo. Por outro lado, 292 (11%) vão promover eventos públicos, 627 (23,6%) ainda não decidiram e 20 (0,8%) não responderam à pesquisa.

A pesquisa mostra ainda dados referentes ao carnaval de 2022. De acordo com o levantamento, 64,3% dos municípios decidiram não promover a folia.

Ao todo, são 1.712 cidades brasileiras que confirmaram que não vão realizar eventos públicos de carnaval. Apenas 38 (1,4%) disseram que farão a festividade, 883 (33,2%) ainda estão decidindo e 29 (1,1%) não responderam.

RestriçõesRéveillon no Rio, em imagem de arquivo — Foto: Reprodução/TV Globo

O estudo também fez um levantamento sobre algumas medidas de restrição contra o novo coronavírus em vigor nos municípios brasileiros. Segundo o relatório, 2.608 (98%) cidades mantêm o uso de máscara obrigatório em ambientes privados.

Apenas 32 (1,2%) regiões informaram que o item não é necessário em locais fechados. No caso de ambientes públicos, a máscara é obrigatória em 2.279 (85,6%) municípios.

O “passaporte da vacinação” também entrou na pauta da pesquisa. O levantamento aponta que apresenta comprovante de imunização para entrar em ambientes públicos e privados se tornou obrigatório em 488 (18,3%) das cidades brasileiras.

Por outro lado, 2.121 (79,7%) municípios não cobram a vacina contra Covid-19 para dar acesso à locais públicos e privados. Dos avaliados, 53 (2%) não responderam à pesquisa.

Em Brasília, por exemplo, a máscara deixou de ser obrigatória ao ar livre em 26 de outubro. No entanto, o acessório ainda é exigido em estabelecimentos comerciais, como bares e restaurantes.

No caso do “passaporte da vacinação”, a medida foi descartada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB). Por outro lado, o Executivo passou a exigir a imunização como garantia de entrada em eventos como shows e festivais, mas não em estabelecimentos comerciais.

Capitais

Um levantamento feito pela redação mostrou que, até 29 de novembro, 23 capitais brasileiras anunciaram que não farão festa de réveillon por conta da Covid: Aracaju, Belém, Brasília, Campo Grande, Cuiabá, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Macapá, Maceió, Manaus, Natal, Palmas, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, São Luís e Vitória.

Outras três capitais não costumam fazer eventos no réveillon e seguirão sem festa este ano: Belo Horizonte — que não tem programação especial de Ano Novo desde a virada de 2015 para 2016 —, Curitiba e Teresina.