A incontinência urinária e o aprendizado
A incontinência urinária, ou perda involuntária de urina, pode fazer parte de uma condição chamada de Bexiga Hiperativa, que tem como característica principal a urgência em urinar, geralmente acompanhada de aumento da frequência das micções e noctúria (vontade de urinar durante a noite). A condição tem como fatores de risco a obesidade, doenças neurológicas, diabetes, e outros. No primeiro estudo epidemiológico realizado com a população brasileira sobre sintomas urinários, o Brasil LUTS, foi observado que em mulheres acima de 40 anos, a Bexiga Hiperativa esteve presente em 25% dos entrevistados, 62% das mulheres tinham incontinência urinária associada, comparado a 39% dos homens.
No caso de Marinilze Ortolano Guerreiro, empreendedora de 42 anos, a incontinência urinária chegou após uma cirurgia para a retirada de um tumor na região pélvica. Durante o tratamento que fez com imunoterapia, começou a perceber que a vontade de urinar era bastante frequente e, muitas vezes, acabavam acontecendo escapes de urina em suas roupas íntimas, já que não conseguia segurar. Por conta disso, optou pelo uso de fraldas ou absorventes para evitar algum tipo de vazamento. “Quando eu precisava sair de casa eu ia ao banheiro antes e assim que chegava ao local de destino, mesmo sem vontade, era meu modo de prevenir que acidentes mais graves pudessem acontecer. Mesmo optando pela fralda no dia a dia, não me sentia confortável para sair com frequência, inclusive perdi momentos importantes com a minha família, como festas de aniversários e casamentos, por insegurança e medo de passar por alguma situação constrangedora”.
No início, era um incômodo muito grande, mas, ao longo do tempo, foi diminuindo, afirma Marinilze. Para que os sintomas sejam mais bem controlados, é essencial ter uma boa comunicação com o médico urologista. Muitos pacientes sentem vergonha de expor seus sintomas, mas essa condição é muito normal em pessoas acima dos 40 anos, ou em mulheres no pós-parto. Por isso, quanto antes as pessoas buscarem ajuda médica, mais rápido será o tratamento. “O meu médico, o qual eu tinha muita confiança, me indicou exercícios pélvicos, que são como uma fisioterapia para fortalecimento dos músculos, e eu podia fazê-los em casa. Além disso, eu também tomo um medicamento oral desde o início do tratamento, há 7 anos, já faz parte da minha rotina e é muito eficaz. Apesar disso, infelizmente, a procura por tratamento é bem baixa, ficando entre 35% a 44%, também de acordo com o Brasil LUTS”.
É muito importante que as pessoas visitem o médico urologista com frequência. É comum acharmos que os sintomas são naturais da idade e, além disso, durante esse período de pandemia muitos podem sentir receio de ir até um profissional ou um hospital, mas é essencial ficarmos atentos aos sintomas urinários para que seja possível iniciar o tratamento precocemente. O cuidado prévio é responsável por um tratamento mais tranquilo e com maiores chances de cura. Além de ser possível retomar mais rapidamente a qualidade de vida do paciente que, muitas vezes, têm suas rotinas ativas interrompidas pelas constantes idas ao banheiro. Inclusive, problemas urinários são muito responsáveis por impactos além dos físicos, mas também psicológicos, podendo causar reclusão social, como no caso da empreendedora e também, ansiedade e até mesmo a depressão.
Para finalizar ela conta que aprendeu muito com os últimos anos de tratamento. “a incontinência urinária, ou qualquer outra condição relacionada aos sintomas do trato urinário inferior, são passíveis de tratamento, controláveis e podem ser minimizadas através de hábitos simples do dia a dia, como não segurar a urina, manter uma alimentação saudável e comer bastante fibras, praticar exercícios físicos regularmente, controlar o diabetes e o peso corporal, evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e cafeinadas e abandonar o tabagismo. Ademais, é fundamental e necessário seguir as orientações médicas e confiar na jornada de tratamento e no processo de melhora”.
Cerrado news/
O mais importante é buscar ajuda médica e não ter vergonha de expor os sintomas, além disso, sempre seguir as orientações do profissional e confiar na jornada de tratamento
A incontinência urinária, ou perda involuntária de urina, pode fazer parte de uma condição chamada de Bexiga Hiperativa, que tem como característica principal a urgência em urinar, geralmente acompanhada de aumento da frequência das micções e noctúria (vontade de urinar durante a noite). A condição tem como fatores de risco a obesidade, doenças neurológicas, diabetes, e outros. No primeiro estudo epidemiológico realizado com a população brasileira sobre sintomas urinários, o Brasil LUTS, foi observado que em mulheres acima de 40 anos, a Bexiga Hiperativa esteve presente em 25% dos entrevistados, 62% das mulheres tinham incontinência urinária associada, comparado a 39% dos homens.
No caso de Marinilze Ortolano Guerreiro, empreendedora de 42 anos, a incontinência urinária chegou após uma cirurgia para a retirada de um tumor na região pélvica. Durante o tratamento que fez com imunoterapia, começou a perceber que a vontade de urinar era bastante frequente e, muitas vezes, acabavam acontecendo escapes de urina em suas roupas íntimas, já que não conseguia segurar. Por conta disso, optou pelo uso de fraldas ou absorventes para evitar algum tipo de vazamento. “Quando eu precisava sair de casa eu ia ao banheiro antes e assim que chegava ao local de destino, mesmo sem vontade, era meu modo de prevenir que acidentes mais graves pudessem acontecer. Mesmo optando pela fralda no dia a dia, não me sentia confortável para sair com frequência, inclusive perdi momentos importantes com a minha família, como festas de aniversários e casamentos, por insegurança e medo de passar por alguma situação constrangedora”.
No início, era um incômodo muito grande, mas, ao longo do tempo, foi diminuindo, afirma Marinilze. Para que os sintomas sejam mais bem controlados, é essencial ter uma boa comunicação com o médico urologista. Muitos pacientes sentem vergonha de expor seus sintomas, mas essa condição é muito normal em pessoas acima dos 40 anos, ou em mulheres no pós-parto. Por isso, quanto antes as pessoas buscarem ajuda médica, mais rápido será o tratamento. “O meu médico, o qual eu tinha muita confiança, me indicou exercícios pélvicos, que são como uma fisioterapia para fortalecimento dos músculos, e eu podia fazê-los em casa. Além disso, eu também tomo um medicamento oral desde o início do tratamento, há 7 anos, já faz parte da minha rotina e é muito eficaz. Apesar disso, infelizmente, a procura por tratamento é bem baixa, ficando entre 35% a 44%, também de acordo com o Brasil LUTS”.
É muito importante que as pessoas visitem o médico urologista com frequência. É comum acharmos que os sintomas são naturais da idade e, além disso, durante esse período de pandemia muitos podem sentir receio de ir até um profissional ou um hospital, mas é essencial ficarmos atentos aos sintomas urinários para que seja possível iniciar o tratamento precocemente. O cuidado prévio é responsável por um tratamento mais tranquilo e com maiores chances de cura. Além de ser possível retomar mais rapidamente a qualidade de vida do paciente que, muitas vezes, têm suas rotinas ativas interrompidas pelas constantes idas ao banheiro. Inclusive, problemas urinários são muito responsáveis por impactos além dos físicos, mas também psicológicos, podendo causar reclusão social, como no caso da empreendedora e também, ansiedade e até mesmo a depressão.
Para finalizar ela conta que aprendeu muito com os últimos anos de tratamento. “a incontinência urinária, ou qualquer outra condição relacionada aos sintomas do trato urinário inferior, são passíveis de tratamento, controláveis e podem ser minimizadas através de hábitos simples do dia a dia, como não segurar a urina, manter uma alimentação saudável e comer bastante fibras, praticar exercícios físicos regularmente, controlar o diabetes e o peso corporal, evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e cafeinadas e abandonar o tabagismo. Ademais, é fundamental e necessário seguir as orientações médicas e confiar na jornada de tratamento e no processo de melhora”.
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