A amamentação é um dos primeiros contatos que a mãe e o bebê têm, mas também pode ser um dos momentos mais difíceis onde muitas não conseguem manter Muitas mães acreditam que dar de mamar para seu filho é algo natural e intuitivo, mas a realidade é bem diferente, fissuras, pega errada, peitos cheios e pesados, além da temida mastite e outras infecções podem acometer as futuras mamães e seus filhos. A mãe e a criança precisam de uma rede de apoio para que tudo ocorra bem, mas a amamentação do peito não é uma regra, “Nem toda mãe quer amamentar, ou outras não conseguem, tem infecção, voltam a trabalhar muito cedo, e tudo bem. O importante é que a criança esteja alimentada e saudável. É de suma importância que o progenitor faça seu papel como pai e auxilie a mãe neste momento tão especial e cheio de sentimentos.” Afirma a enfermeira Neonatal, Aline Ramos do Hospital de Maternidade do DF. A especialista ainda afirma que as pessoas colocam um peso muito grande em cima da mãe para que ela seja perfeita, mas esquecem que ninguém é perfeito e que a criança não foi feita sozinha pela mãe. Mãe amamenta seu filho no peito enquanto faz carinho Foto: Saocristovao A Marcela Tavares de 23 anos, teve seu primeiro filho e acreditava que conseguiria amamentar a criança sem problemas, o que não aconteceu, “Para começar tudo foi como eu não imaginava, achei que conseguiria ter meu filho de parto normal, o que não aconteceu, esperei até as 41 semanas e ele não quis sair, tive que realizar uma cesárea, o qual fez meu leite demorou a descer, tive dificuldades com a pega. Meu peito ficou todo machucado, depois tive uma infecção e o meu peito ficou todo empedrado, tive a mastite. Não consegui mais amamentar meu filho, pois o que saia do meu seio era pus. Me senti uma péssima mãe. Porém comecei a dar a fórmula e deu tudo certo, hoje ele tem dois anos e sempre foi muito saudável, o pai dele também sempre cumpriu com o seu papel”. Concluiu Marcela. O envolvimento do parceiro traz muitos benefícios para família: ajuda a estreitar o vínculo, desenvolve a parceria nos cuidados e educação, tem um impacto grande na valorização das tarefas com o bebê e casa, aumenta o vínculo do casal, contribui para uma comunicação efetiva e oferece a oportunidade para o parceiro desenvolver o seu mais novo papel. Veja algumas dicas de como estar mais presente na rotina da mãe e do bebê: 1. Divida responsabilidades no cuidado com o bebê e dê suporte nas horas de descanso da mãe. 2. Ajude na rotina de limpeza dos utensílios utilizados pelo bebê, como, por exemplo, os extratores de leite, potes de armazenamento, esterilizador. 3. Nas primeiras semanas de amamentação lembre a mãe de comer, descansar e amamentar. O restante o parceiro e toda a rede de apoio podem fazer. 4. O parceiro e a rede de apoio devem evitar palavras, opiniões, exemplos negativos sobre a amamentação. É importante lembrar que cada bebê é único, cada amamentação é única. 5. Amamentar não é instintivo, amamentar requer aprendizado e dedicação. A mãe precisa ser acolhida, cuidada e incentivada. Se o parceiro e rede de apoio cuidar da mãe, com certeza o bebê estará bem cuidado, com produção de leite materno para atender às suas necessidades. Pai amamenta sua filha enquanto a observa Foto: 98fmcuritiba Fazendo funcionar Não existe um único estilo de amamentação que sirva para todas as mães e todos os bebês. Há diferentes posições de amamentação, desde a transversal até a posição invertida. Além do mais, pode ser uma boa ideia mudar a posição de amamentação de tempos em tempos para facilitar o esvaziamento de cada mama, evitando condições como a mastite. Afirma a especialista Aline Além da tradicional, existem posições como a transversal, invertida, a que a mãe se deita ao lado da criança. O importante é que a mãe tente da forma que se sente mais confortável, e deve evitar, curvar o corpo em cima do bebê, colocar a cabeça e corpo do bebê não alinhados e segurar o corpo do bebê longe do peito. E se nada disso der certo não se culpar pois existem outras formas de cuidar e alimentar a criança. Cerrado News/