Concurso da PCDF: prova para agente policial atrasa por falta de colaboradores
Segundo Cebraspe, responsável pela avaliação, parte da equipe não compareceu, mas ‘reservas’ substituíram. Problema ocorreu em três instituições.
A aplicação da prova para o concurso de agente da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), neste domingo (22), ocorreu com atraso em três instituições. Às 14h, horário previsto para o início da avaliação, candidatos se aglomeravam em frente aos portões ainda fechados.
Segundo o Cebraspe, responsável pela avaliação, “o atraso decorreu do não comparecimento de parte da equipe alocada para apoiar na realização das provas”, mas que encaminhou “reservas” para substituição.
O problema ocorreu no colégio Marista, da Asa Norte; no Sigma, na Asa Sul e no Centro de Ensino Fundamental 6 do Lago Sul. A banca não detalhou quanto tempo demorou para o início da avaliação, nem a quantidade de candidatos afetados.
Abalo
Uma das candidatas, Manuela Costa, lamenta o ocorrido e relata que sofreu impactos no desempenho. “Nós já temos um peso que é o da prova, além disso, ficamos um bom tempo no sol, esperando a abertura dos portões. O que não foi feito no horário designado no edital”, afirma.
“Infelizmente, a vontade que eu tive foi de largar a prova em branco e ir embora, de tanto estresse que foi essa prova de hoje”, conta Manuela.
Outra candidata Letícia Silveira, tambem afirma que ficou abalada, e reclama da falta de informação por parte da banca durante o atraso. “O concurso em si, já gera uma ansiedade e essa demora, sem resposta, gera mais ainda essa ansiedade. Só agrava”, disse.
88,8 mil inscritos
A prova para agente policial reuniu 88.891 inscrições para 600 vagas. A remuneração para o cargo é de R$ 8.698,78.
O concurso público da PCDF é realizado após diversos adiamentos por conta da pandemia. O edital para agente foi divulgado em julho de 2020, com avaliações inicialmente marcadas para 18 de outubro do ano passado.
No sábado (21), houve as provas para o cargo de escrivão, sem o registro de atrasos.
Pedido de suspensão
A realização do concurso também enfrentou debate judicial. Em uma ação popular, duas candidatas alegaram que a aplicação das provas deveria ser suspensa, em razão da pandemia, citando as novas variantes do vírus.
Na última quinta-feira (19), o juiz Jansen Fialho de Almeida da 3ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal negou pedido das autoras e manteve a aplicação das provas. Ao negar o pedido, o magistrado afirmou que os procedimentos para a realização das provas em um ambiente seguro, de modo a se evitar a propagação da Covid-19, estão sendo adotados pelas autoridades competentes”.
Uma das autoras recorreu contra a decisão, mas teve o pedido de suspensão da prova negado novamente, desta vez, pelo desembargador plantonista Diaulas Costa Ribeiro, na madrugada de sábado (21).
No texto, o magistrado lembrou que “no Distrito Federal, neste ano, ocorreram concursos da Polícia Federal e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, dentre outros, com milhares de candidatos” e que “não há evidência de que tenham contribuído para a proliferação do vírus, sem contar que houve ampliação da cobertura vacinal para as faixas etárias que concorrem a cargos públicos”.
O que diz o Cebraspe?
“O Cebraspe informa que ocorreu atraso para o início da aplicação das provas do concurso público da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), para o cargo de Agente, neste domingo (22), em três escolas: Marista Asa Norte, Sigma Asa Sul e CEF 06 do Lago Sul.
O atraso decorreu do não comparecimento de parte da equipe alocada para apoiar na realização das provas e não prejudicou o evento, já que a aplicação das provas foi iniciada e o tempo de atraso será compensado ao final, preservando-se a isonomia do concurso.
O Centro esclarece, ainda, que a realização de concursos públicos está sujeita a intercorrências e que as equipes reservas existem justamente para suprir eventuais ausências injustificadas de colaboradores, como no caso em comento”.