O Ministério da saúde afirma que no Brasil, o câncer de pênis é mais comum nas regiões Norte e Nordeste, representando 2% de todos os tipos de câncer que atingem os homens. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar a evolução do tumor e a posterior amputação total do pênis, que traz consequências físicas, sexuais e psicológicas ao homem.
O câncer de pênis é um tipo raro de câncer, com maior incidência em homens que têm 50 anos ou mais, embora possa atingir também os mais jovens. A doença está associada à má higiene íntima, à infecção pelo pipolmavírus humano (HPV) e a homens que não se submeteram à circuncisão, a remoção do prepúcio, pele que reveste a glande – a “cabeça” do pênis.
De acordo com o urologista Edgar Oliveira Sarmento, 31 anos, a “higienização da região genital masculina, além de poder ser realizada de maneira muito simples, tem papel fundamental na saúde do homem, principalmente no que diz respeito à prevenção de doenças, dentre as quais destacamos o câncer de pênis, trazendo grande impacto social, estético, funcional, ou mesmo levando a complicações e até ao óbito”.
O especialista afirma que processos inflamatórios crônicos, doenças sexualmente transmissíveis e a presença de fimose (estreitamento do prepúcio, a pele que recobre a glande) se associam à má higiene como principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças infecciosas nos órgãos genitais masculinos (também do câncer de pênis).
Assim, são recomendados os seguintes hábitos:
Edgar conta que quanto à depilação, embora traga maior percepção de limpeza, conforto e atratividade sexual, além de não alterar a incidência de infecções urinárias, tem se relacionado a um maior número de complicações como ferimentos, inflamações e infecções, inclusive as sexualmente transmissíveis. A maior parte destes efeitos adversos se relaciona ao uso de lâminas de barbear, resultando de pequenos cortes e abrasões na pele, que podem servir como pontos de entrada para micro-organismos como vírus, bactérias e fungos. No entanto, não há recomendação expressa para deixar ou não de depilar.
Além disso, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, há um crescente corpo de evidências que associam o Papilomavírus Humano (HPV) e o câncer de pênis. A vacina contra o HPV faz parte do calendário nacional e está disponível nas mais de 36 mil salas de vacinação em todo o país para meninas de 11 a 13 anos.
Estudos comprovam que os meninos são protegidos indiretamente com a vacinação do grupo feminino (imunidade coletiva), havendo drástica redução na transmissão de verrugas genitais entre homens após a implantação da vacina contra o HPV como estratégia de saúde pública
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