O ex-governador de Goiás Ary Ribeiro Valadão morreu de pneumonia aos 102 anos em casa, em Goiânia, na segunda-feira (9), segundo a filha Lúcia Valadão. Após o diagnóstico, a médica receitou antibióticos e o orientou a ficar em casa, mas a saúde estava frágil e ele não resistiu.
Ary foi hospitalizado há poucas semanas por causa de uma queda, também em casa, mas exames mostraram que ele não sofreu fraturas. Logo após a internação veio a pneumonia. Ele deixa esposa, seis filhos, netos e bisnetos.
O velório e o sepultamento de Ary Valadão acontecem nesta segunda-feira, no cemitério Jardim das Palmeiras, às 14 e 16h, respectivamente. A família disse que o corpo dele será sepultado no mesmo jazigo do filho Ary Ribeiro Valadão Filho, que morreu em 1981, em Goiânia.
O vice-governador de Goiás, Lincoln Tejota (Cidadania), lamentou a morte e disse que Ary Valadão foi um “grande estadista”.
“Que Deus possa confortar o coração de todos e amenizar a saudade pela partida. Ary foi um grande estadista e deixa um legado que deve ser lembrado com muito orgulho pelos goianos e por seus entes queridos. Que descanse em paz”, postou Tejota.
O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), disse que recebeu a notícia com pesar. “Eu e Thelma enviamos nossas orações à esposa, Dona Maria, e a todos os familiares, amigos e admiradores do ex-governador pela perda”, publicou.
Ary Ribeiro Valadão morreu de pneunomia em casa, em Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução
Carreira política
Segundo a família, Ary Valadão tem dois registros de nascimento e, em um deles, teria 99 anos ( de 1921), mas a idade correta é a data de 14 de novembro de 1918. Nascido em Anicuns, foi prefeito da cidade por dois mandatos, entre 1947 e 1951 e 1955 e 1959.
Elegeu-se deputado estadual em 1959. Ary Valadão se reelegeu por mais duas vezes. Ainda no legislativo, foi deputado federal por três mandatos consecutivos, de 1967 a 1979.
No executivo, ele foi eleito indiretamente para o cargo de governador de Goiás e administrou o estado entre 1979 e 1983.
Segundo a família, ele sempre foi filiado ao partido União Democrática Nacional (UDN) e encerrou a carreira política com 80 anos, quando não quis mais ser político e também não se filiou a outro partido.