Uma grávida de 21 anos perdeu o bebê no oitavo mês de gestação após ser diagnosticada com Covid-19 e Influenza, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Além de perder a filha, a auxiliar de produção Gabriela Sousa de Jesus ainda reclamou de ter que aguardar mais de um dia para fazer a cirurgia para retirar a criança.
“É horrível. O bebê já está morto e eu quero retirar. Queria tirar vivo, mas não tem como”, lamentou Gabriela, antes da cirurgia.
A mulher perdeu a criança na manhã de sábado (8) e só conseguiu fazer a cirurgia para a retirada do bebê na tarde de domingo (9), na Maternidade Marlene Teixeira. Com Covid-19 e gripe, a jovem passou o dia inteiro e virou a noite aguardando a internação para poder fazer a cesárea. Ela disse que a justificativa da unidade de saúde era que ela precisava ser transferida para outra maternidade e que não tinha vaga.
Em nota, a Central de regulação disse que não foi pedida cirurgia para a Gabriela, mas, sim, a internação em leito de Covid-19 e que, por enquanto, não há vaga. A central disse ainda que solicitou uma vaga para a paciente ao Hospital das Clínicas.
Grávida perde o bebê no 8º mês de gestação após ser diagnosticada com Covid-19 e influenza — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Já a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida disse que solicitou a transferência da Gabriela, mas, segundo a secretaria, não houve liberação de vaga em tempo oportuno. A SMS também informou que a Maternidade Marlene Teixeira está dando a assistência necessária à paciente e que ela passou por cirurgia na tarde de domingo.
Grávida perde o bebê no 8º mês de gestação após ser diagnosticada com Covid-19 e influenza, em Aparecida de Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Perda da bebê
Na última quarta-feira (5), um exame mostrou alteração nos batimentos cardíacos da bebê. O coração estava mais lento que o normal. Mesmo assim, a Maternidade Marlene Teixeira mandou ela de volta para casa.
Um dia depois, a Gabriela não sentiu mais a filha se mexer na barriga e voltou ao hospital. No dia, um novo exame mostrou que a menina tinha morrido.
A jovem estava esperando a segunda filha, que seria chamada de Ester. Tainara Gomes, madrasta de Gabriela, disse que tudo já estava preparado para o nascimento da bebê.
“Estava tudo preparado já, compramos tudo, já estava tudo em andamento”, disse Tainara.