Medicamentos, munição e drogas apreendidos pela polícia — Foto: PCDF/Divulgação
Três homens foram presos com medicamentos abortivos, munição e drogas, na tarde de quinta-feira (2), no Gama, no Distrito Federal. Segundo a investigação, os suspeitos, de 29, 44 e 52 anos, vendiam remédios que não têm registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), portanto, as substâncias não poderiam ser comercializadas no Brasil.
A operação Cytotec , como foi chamada em referência ao nome comercial de um medicamento, teve início a partir de denúncias anônimas sobre locais que funcionavam como clínica abortiva.
Medicamentos, munição e drogas apreendidos pela polícia — Foto: PCDF/Divulgação
Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão pelos crimes de falsificação, adulteração, associação criminosa, corrupção e adulteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.
O delegado da 20ª Delegacia de Polícia (Gama), Renato Martins, que investiga o caso, contou que os investigadores monitoraram os suspeitos por alguns dias, e assim, foi possível determinar o crime de associação criminosa.
“A atuação do grupo foi arquitetada para impedir/dificultar a atuação policial, pois o anúncio e venda dos abortivos eram feitos por meio virtual e apenas para pessoas que passam credibilidade ou com alguma indicação”, disse o delegado.
Ainda segundo a Polícia Civil, o grupo pedia pagamentos por meio de depósito bancário ou transferência e fazia a entrega em local público. A compra e a venda de remédios, no entanto, só é permitida em estabelecimentos autorizados pela vigilância sanitária.
Os homens e materiais apreendidos foram encaminhados para a 20ª Delegacia de Polícia, no Gama. Caso os autores sejam condenados, podem pegar até 18 anos de prisão.