A Justiça do Distrito Federal condenou, nesta segunda-feira (25), Leonardo Pereira dos Santos, de 31 anos, a 29 anos de prisão por um feminicídio ocorrido em Samambaia. Em janeiro de 2020, o sentenciado matou a namorada com um tiro na cabeça e alegou estar jogando “roleta-russa”.
A vítima é Gabrielly da Silva Miranda, de apenas 18 anos. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Leonardo não aceitava o fim do namoro (veja mais abaixo).
O homem também foi sentenciado por porte ilegal de arma de fogo. A defesa de Leonardo disse que já recorreu da sentença e afirmou que o homem apenas manuseou a arma de forma imprudente, acreditando que ela não estava carregada. Por isso, ainda segundo a defesa, por mais que ele tenha corrido risco de matar, não assumiu o risco.
De acordo com a decisão, do Tribunal do Júri de Samambaia, Leonardo foi condenado a 28 anos de reclusão e a 1 ano e nove meses de detenção, em regime fechado, além de multa. No caso da reclusão, permite que o regime seja inicialmente fechado, ao contrário da detenção.
A juíza Viviane Kazmierczak considerou que Leonardo “controlou, manipulou, perseguiu e agrediu física e verbalmente a vítima” ao longo do relacionamento, que durava cinco anos. Segundo a magistrada, a personalidade do réu “merece violação negativa”.
“O histórico de violência doméstica, frieza, perversidade e desajuste psicológico está fartamente comprovado nos autos pelas testemunhas ouvidas, fotos e áudios juntados, todos a evidenciar violência física e psicológica extremada imposta pelo réu a uma vítima em especial situação de vulnerabilidade”, afirmou.
Na decisão, a magistrada cita ainda que Leonardo tem outras passagens pela polícia por crimes como estelionato, tráfico de drogas, dano e homicídio.
Em 14 de janeiro de 2020, Leonardo afirmou ter atirado “acidentalmente” em Gabrielly, enquanto “brincava de roleta-russa” – jogo que consiste em deixar apenas uma bala no tambor de um revólver, girar e disparar o gatilho sem saber a posição do projétil.
O crime ocorreu por volta das 5h30, em uma casa na QR 425, em Samambaia, onde o casal estava. Ele disse que a jovem foi quem acionou a arma a primeira vez, mas que o revólver não disparou. Em seguida, ele teria apontado para a cabeça dela e atirado. Gabrielly morreu na hora.
Segundo o MPDFT, “no momento em que, em tese, a vítima estaria na casa do denunciado, este teria pego a arma de fogo que possuía ilegalmente na sua residência e teria efetuado um disparo contra a cabeça da vítima Gabrielly, matando-a”.
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