O governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou, nesta segunda-feira (25), que vai acabar com o uso obrigatório de máscara em ambientes abertos “até a primeira quinzena de novembro”, no Distrito Federal. O item é obrigatório na capital desde abril do ano passado, devido à pandemia de Covid-19.
A afirmação foi feita pelo chefe do Executivo durante inauguração de uma unidade básica de saúde, em Sobradinho II. Na sexta-feira (22), Ibaneis já havia comentado que estudava acabar com o uso da máscara, mas não havia informado datas.
“Nós sabemos que estão avançando muito os índices de transmissão, estão caindo bastante. E isso nos dá o horizonte de retirar o uso de máscara em ambientes abertos”, afirmou Ibaneis.
O governador disse que, quando 70% ou 80% da população estiver vacinada, a obrigatoriedade da máscara de proteção pode ser retirada “dos demais locais”. “Não podemos prever datas”, afirmou.
“Estamos tentando voltar à normalidade o mais rápido possível”, comentou
Máscara de proteção facial — Foto: TV Globo/Reprodução
Até este domingo (24), 59,96% da população vacinável (com 12 anos ou mais) completou a imunização contra o novo coronavírus, segundo dados da Secretaria de Saúde. Em relação à primeira dose, o índice é de 86,84%.
Atualmente, a taxa de transmissão do novo coronavírus está em 0,80. Há uma semana o índice era de 0,95. Se esse valor é igual ou maior que 1, indica tendência de aumento do contágio. Quando é menor do que 1, há tendência de desaceleração da epidemia.
Além disso, a capital soma 10.791 mortos pela Covid-19 e 513.506 casos confirmados. Neste domingo (24), foram cinco óbitos e 315 diagnósticos.
Fiscalização
Desde 30 de abril, quando a máscara se tornou obrigatória no DF, até esta quinta-feira (21), a Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal), multou 773 pessoas por não usar máscara de proteção facial. De acordo com a norma, quem descumprir a medida, deverá pagar valor de até R$ 2 mil.
Além disso, em igual período, 1.071.086 estabelecimentos foram vistoriados e 53.706 abordados. Desses, 650 foram multados por descumprir protocolos sanitários, 345 por gerar aglomeração, 228 por descumprir o toque de recolher – que não está mais em vigor desde 8 de setembro – e 224 por vender bebida alcoólica após o horário permitido.
A pasta disse ainda que interditou 280 locais por descumprir protocolos sanitários, 197 por aglomeração, 99 por venda de bebida alcoólica após o horário e 42 por funcionar após toque de recolher.