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Mudanças climáticas recentes provocadas pelo homem são irreversíveis

Estudo da ONU indica que o aquecimento global avançou mais rapidamente do que o esperado. Desmatamento e derretimento de geleiras preocupam

As mudanças climáticas recentes provocadas pelo homem são irreversíveis e sem precedentes. A conclusão está no relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU). Divulgado nesta segunda-feira (9/8), o estudo indica que o aquecimento global está avançando mais rapidamente do que o esperado.

Segundo o IPCC, por volta de 2030, a temperatura média da Terra pode chegar a 1,5 ou 1,6 grau Celsius a mais do que na era pré-industrial. Isso ocorreria uma década antes do que o próprio painel previu há três anos. O secretário-geral da ONU, António Guterres, classificou o relatório como “um alerta vermelho para a humanidade”. Para evitar a catástrofe, é preciso corte drástico e imediato nas emissões de gases do efeito estufa. O documento, finalizado e aprovado por 234 autores e 195 governos, é a maior atualização do estado do conhecimento sobre ciência climática desde o lançamento de outro relatório em 2014.

Alerta

O documento destaca o desmatamento, o derretimento de geleiras e a diminuição da capacidade de florestas, solos e oceanos de absorver CO2 como fatores alarmantes. O IPCC ainda cita ondas de calor sem precedentes, grandes inundações, furacões e secas mais graves e prolongadas como algumas das consequências diretas da mudança climática.

A taxa de aquecimento está se acelerando: As temperaturas globais de superfície aumentaram mais rapidamente desde 1970 do que em qualquer outro período de 50 anos durante pelo menos os últimos 2000 anos, segundo o estudo. A dependência da sociedade de combustíveis fósseis é a razão pela qual o planeta já aqueceu 1,2 grau Celsius em relação aos níveis pré-industriais. Como consequência, o nível global dos oceanos aumentou cerca de 20 cm desde 1900, e a taxa de elevação praticamente triplicou na última década.

Derretimento de calotas

Os especialistas afirmam que as calotas de gelo que derretem na Antártida e na Groenlândia são agora o principal fator para a elevação, à frente do degelo dos glaciares. Se as temperaturas globais aumentarem 2 graus, o nível dos oceanos subirá cerca de meio metro ainda no século XXI. E continuará crescendo até quase dois metros até 2300, o dobro do que o IPCC previa em 2019. O aquecimento também está acontecendo ainda mais rapidamente do que os cientistas pensavam anteriormente, tornando inviáveis as metas estabelecidas pelo acordo climático de Paris. Assinado em 2015, o pacto prevê reduzir as emissões de gases de efeito estufa para limitar o aumento médio de temperatura global a 2 graus.


Cerrado News/Agência Brasil

 

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