A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) investiga a participação do subtenente Irineu Marques Dias, de 44 anos, em um estupro coletivo após uma festa, no sábado (9), em Águas Lindas de Goiás. Uma jovem, de 25 anos, denunciou ter sido abusada por seis homens, entre eles, o militar.
Irineu é subtenente do Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA) e foi preso após o crime. Outros dois suspeitos também estão detidos: Thiago de Castro Muniz, de 36 anos, e Daniel Marques Dias, de 37 anos. G1 tenta contato com a defesa deles.
(ATUALIZAÇÃO: Ao ser atendida pela PM após o crime, a mulher contou que havia sido estuprada por 6 homens. Mais tarde, em depoimento à Polícia Civil, ela afirmou que foram 5 homens, e que um deles a estuprou duas vezes. A reportagem foi atualizada às 13h59 desta terça-feira, 12.)
O trio passou por audiência de custódia neste domingo (10). A Justiça goiana decidiu manter a prisão dos suspeitos.
Em nota, a PMDF informou que aguarda conclusão do inquérito e que vai tomar as “medidas pertinentes”.
“De qualquer forma, a corporação não compactua com quaisquer desvios de conduta, menos ainda com ações que configurem crimes”, diz a PMDF.
Em depoimento à polícia, a vítima contou que estava em uma festa que começou na noite de sexta-feira (8) e duraria até domingo (11). Segundo a jovem, ao amanhecer de sábado, foi convidada por duas mulheres para dormir em um quarto.
No entanto, depois de um tempo, as duas saíram e a deixaram sozinha. Conforme a vítima, um homem entrou no quarto e começou a tirar a roupa.
Ela disse que, depois de mostrar que estava armado, o homem a estuprou. A jovem contou ainda que, após a agressão, o suspeito deixou a arma dentro de um guarda-roupa, como forma de ameaça, e saiu do quarto.
Foi quando outros homens passaram a se revezar para estuprá-la. A vítima disse que, durante todo o tempo, gritou por socorro, mas não foi atendida.
Depois dos abusos ela conseguiu fugir, inclusive usando a camiseta do subtenente, e acionou a polícia. A jovem recebeu os primeiros socorros e foi levada à delegacia da região.
Os seis suspeitos foram presos por militares goianos, mas a vítima reconheceu três deles. A arma usada no crime seria de Irineu.
Na audiência de custódia, o juiz de Goiás Rodrigo Victor Foureaux Soares negou a liberação dos suspeitos. O magistrado disse que considerou o relato da vítima “assustador”.
Soares decretou a prisão preventiva dos três homens “em razão do risco à ordem pública e por conveniência da instrução criminal”.
“Mesmo porque, em razão da grande repercussão social gerada pelo crime de estupro coletivo, é necessária uma atuação rígida do Estado, no sentido de desestimular a prática de qualquer crime”, disse o juiz.
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