A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, nesta quarta-feira (17), operação contra uma facção criminosa suspeita de tráfico de drogas, roubos, homicídios e outros crimes na capital. Os investigadores prenderam 15 pessoas e cumpriram 27 mandados de busca e apreensão.
Os policiais informaram que os suspeitos vivem uma espécie de “guerra” por controle de territórios, em diversas regiões do DF, e por pontos de tráficos de drogas e de armas. Até a última atualização desta reportagem, quatro suspeitos estavam foragidos.
Os mandados são cumpridos em:
Os investigadores também cumpriram dois mandados de sequestro de imóveis adquiridos com dinheiro ilícito pela facção criminosa. A operação, batizada de “Cáfila“, é conduzida pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco/Decor) e conta com apoio do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT).
Durante a ação, os policiais apreenderam drogas, armas de fogo e balanças de precisão. Até a última atualização desta publicação, os investigadores ainda não haviam divulgado a quantidade de material ilícito encontrado pelos agentes.
Os investigadores informaram ainda que identificaram “complexo empreendimento delitivo”, que envolve “ações logística de tráfico de drogas e armas de fogo”. Segundo os policiais, o material ilegal vinha da fronteira do Brasil.
Além disso, os agentes identificaram que a facção tinha “mecanismos de levantamento e identificação de inimigos para garantia do domínio territorial e atos de lavagem de capitais”. Para ocultar dinheiro, os suspeitos adquiriram móveis e imóveis em nome de terceiros.
Os investigados, segundo a polícia, ainda distribuíam valores em diversas contas bancárias, de forma sucessiva, para “pulverização dos recursos financeiros”.
De acordo com a Polícia Civil, já foram feitas outras três operações contra a mesma facção criminosa. Os policiais informaram que, há 6 meses, o líder do grupo foi preso na fronteira entre Brasil e Uruguai.
“O objetivo da operação de hoje foi realizar a prisão dos membros da facção que o substituíram [o líder], bem como do criminoso responsável pelo controle da parte financeira, e, com isso, desarticular por completo a organização criminosa”, informou a corporação.
A operação recebeu o nome de “Cáfila” em referência às caravanas de mercadores transportados por camelos, encontradas nas regiões asiática e africana. “Esta atividade se assemelha a um dos modos de agir exercidos pela organização criminosa investigada, ante o estabelecimento de rotas de traficância de drogas e armas oriundas da fronteira com o Paraguai”, explicou a Polícia Civil.
Cerrado News/ Agência Brasil
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