De acordo com o estudo, o consumo de doces e chocolates aumentou em 7% desde o início da pandemia. Embora a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomende o consumo de 25 gramas ao dia e que não ultrapasse a marca de 50 gramas, o brasileiro chega a ingerir 80 gramas, o que equivale a 18 colheres de chá de açúcar.
Para a nutricionista e coordenadora do curso de Nutrição da Anhanguera, Simone Mariano da Silva Albrecht, a pandemia desencadeia um gatilho emocional na maioria da população. “É natural que o organismo busque compensar algum excesso ou uma carência. O doce surge como uma saída fácil, que contribui para compensar alguns sentimentos como cansaço, tristeza e frustração”, afirma.
Contudo, o gatilho emocional não é o único fator relacionado à compulsão. “Há que se considerar ainda os hábitos alimentares do indivíduo, como o consumo de doces diariamente e o uso exagerado de alimentos refinados na alimentação podem provocar ainda mais a vontade de comer doces, como algo viciante. Além de fatores relacionados ao desequilíbrio alimentar, algumas carências nutricionais podem desencadear o consumo. A deficiência dos minerais cromo e magnésio está diretamente ligada a esse processo”, destaca Simone.
Ana Maria, de 40 anos, afirma que ela e sua família exageram nas comilanças desde o início da pandemia “Engordamos todos juntos, pedimos muito delivery, doces, chocolates e saiu do controle, mas já estamos melhorando, realizando exercícios e mudando a alimentação. A saúde é muito importante, ainda mais agora”.
Segundo a especialista, a própria situação de isolamento provoca alterações nos hábitos. “Estamos vivendo um período atípico na pandemia, em que o confinamento pode induzir padrões irregulares na alimentação. Essa alteração no hábito está relacionada à maior ingestão calórica e coloca a população em risco de desenvolver doenças relacionadas ao estilo de vida, como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e outras”.
Sobre os prejuízos que o exagero pode acarretar no organismo, Simone faz uma alerta. “Temos que ter atenção redobrada ao consumo em excesso e rotineiro de açúcar, com o risco de provocar um acúmulo de gordura, consequentemente aumentando o risco de doenças com a obesidade e o diabetes”. A professora chama atenção, ainda, para o risco de vício. “No cérebro, o açúcar atua liberando uma sensação de prazer e bem-estar, algo realmente confortante que faz o indivíduo sempre querer repetir, o que pode desencadear uma espécie de vício, que só se percebe quando se tenta retirar ou restringir a alimentação. Muitas pessoas encontram dificuldade no controle do consumo, o que pode até gerar ansiedade”, explica.
Como prevenir
“Todo o problema está no excesso, por isso, recomendo o consumo com moderação. Procure aconselhamento profissional e descubra maneiras de controlar a ansiedade e gerenciar a compulsão alimentar”, aconselha a professora,
– Dormir é essencial. A baixa qualidade do sono pode ser relacionada ao aumento de consumo alimentar;
– Evite ter em casa doces e guloseimas de sua preferência. É mais difícil controlar quando se tem um fácil acesso;
– Aumente o consumo de frutas. Além de auxiliar na saciedade, ajuda na ingestão de micronutrientes necessários para diminuir o consumo de doces;
– Evite o consumo de ultraprocessados e industrializados ricos em açúcar, gordura trans e saturadas.
–Diminua gradativamente o açúcar de preparações como chás, café e sucos. Isso contribui para que o cérebro e as papilas gustativas vão se adequando ao sabor dos alimentos.
– Pratique atividade física, pois ajuda no controle da ansiedade e, consequentemente, no consumo alimentar.
Receita de brigadeiro FIT:
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