Para promover uma mudança de atitude, é preciso começar com a linguagem! Segundo o IBGE, atualmente no Brasil aproximadamente 24% da população têm algum tipo de deficiência, o que significa dizer que mais de 45 milhões de brasileiros têm alguma deficiência – que pode ser física, intelectual ou sensorial, e pelo menos 1 vez na vida todas elas já escutaram uma frase capacitista, como: “Tem gente que não tem perna e trabalha e você ainda reclama da vida” ou “Nossa, mesmo deficiente ele (a) consegue fazer tudo”.
Essas e outras frases são bastante comuns no universo de assuntos relacionados às pessoas com deficiência. Mas elas também carregam consigo uma carga pejorativa, além de ser uma das formas de manifestação do capacitismo.
Para a psicóloga especialista em neuropsicologia Priscila Marques, “Quando trabalhamos com pessoas com alguma deficiência, procuramos mostrá-lo que ele pode ser autônomo, que apesar da condição não é menos, que tem a capacidade. E querendo ou não quando alguém fala algo capacitista como: “Você faz muito mais com deficiência do que algumas pessoas sem”, desanima a pessoa, o coloca numa caixa e a cabeça dele fica presa nessa situação”.
E completa, “O capacitismo é um problema estrutural, que oprime milhões de PCD’s no Brasil. Contudo, está sendo cada vez mais discutido e combatido, muitos conceitos e preconceitos estão sendo desfeitos”.
O capacitismo pode acontecer de várias maneiras – desde comentários aparentemente inocentes até a discriminação consciente, com intenção de excluir ou ofender. Isso ocorre principalmente porque muita gente não entende ou não aceita que aqueles que têm deficiência podem atuar profissionalmente e pessoalmente como qualquer outra pessoa.
Para Victor Matheus de 22 anos, que teve complicações em seu parto e desde então usa cadeira de rodas para se locomover o capacitismo pode ser visto de três formas “Quando a pessoa subestima a sua intelectualidade, acredita que você saiba menos, não entenda, ou que precise de uma explicação mais detalhada e muitas vezes feita em câmera lenta, para que você entenda tudo”.
E continua, “depois trata da deficiência como uma doença, muitas pessoas acreditam e falam que é só procurar a Deus ou outros tratamentos que a cura para a condição vai vir, outra forma seria a de nós tratar como situações de superação, quando me veem atuando ou estudando, insistem em dizer nossa “parabéns, se você consegue qualquer um consegue e só querer”. Nos resumem a deficiência e nós não somos a deficiência, ela faz parte do que nós somos”. Finaliza o estudante
Tire do seu vocabulário:
1. “Nossa, e eu aqui reclamando da vida!” Esse tipo de frase coloca a pessoa com deficiência como alguém digna de pena. Além disso, também reforça a ideia de que a PCD é inferior. |
2. “Essa pessoa é um exemplo de superação.” Tratar pessoas com deficiências como heróis ou exemplos de superação não é o mesmo que ter empatia por elas. Esse tipo de postura ignora que a PCD não precisa enfrentar certas questões, se existisse investimento nos espaços públicos para que estes fossem acessíveis a todos, não apenas para os corpos que são considerados dentro do padrão. |
3. “Finge demência!” Esse termo estigmatiza pessoas que tem deficiência intelectual. |
4. “Eu pensei que você fosse normal” Pessoas com deficiência são normais. |
5. “Que mancada!” Essa frase reforça preconceitos contra pessoas com deficiência física. |
6. “Dar uma de João sem braço” A frase reforça o preconceito contra pessoas com deficiência física. |
7. “Você é retardado!” Essa expressão diminui pessoas com deficiência intelectual. |
8. “Está cego?” Essa expressão, assim como “se fazer de surdo”, associa pessoas com deficiência a desatenção e é ofensiva. |
A especialista afirma que “no dia 21 de setembro é comemorado o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. A data foi instituída por iniciativa de movimentos sociais, em 1982, e oficializado pela Lei Nº 11.133, de 14 de julho de 2005, e é importante para propor uma reflexão sobre capacitismo, dar visibilidade às pessoas com deficiência e buscar por novas soluções para construir um futuro mais inclusivo”.
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