Quando uma mulher engravida a atenção é voltada para ela até a chegada do recém nascido, após isso grande parte das mulheres fica à deriva do purpúreo e das responsabilidades de ser mãe além de muitos julgamentos e opiniões, e quase sempre sem nenhum cuidado. Podendo tornar um momento tão especial em um dos mais estressantes e traumatizantes da sua vida.
O puerpério é a situação mais sensível da mulher segundo a enfermeira neonatal Aline Ramos, “O puerpério é a fase do pós parto mais sensível de uma mulher que acaba de se tornar mãe, o medo de não ser uma boa mãe, não saber se está fazendo certo, a dificuldade que é amamentar, é um momento delicado, onde ela fica mais frágil e mais sensível tanto fisicamente como psicologicamente e emocionalmente”. E complementa, “Essa condição ocorre devido às mudanças hormonais e químicas súbitas que ocorrem após o parto e podem vir com: Tristeza e irritabilidade, crises de choro, agitação e ansiedade. De repente, o corpo tem grandes ajustes a fazer – os níveis de certos hormônios que foram necessários durante a gravidez caem, enquanto os de outros, principalmente aqueles relacionados à amamentação, sobem rapidamente. Conclui a especialista”
Gislene Sarmento estudante de psicologia, mãe da Bárbara relata seu purpúreo como um momento de confusão consigo mesma, “Meu puerpério no início foi muito difícil pois me vi perdida mesmo com tanta ajuda, o problema estava em mim, me via sozinha sendo mãe! Um mix de sentimentos e a insegurança gritando alto, não sabia se estava fazendo certo, nunca tinha cuidado de criança e a Bárbara é minha primeira filha fiquei com muito medo de entrar em uma depressão pós- parto, então para mim a parte mais difícil foi lidar com as emoções. E as mudanças do meu corpo foram o de menos porque quando eu vi já estava com o corpo de antes da gravidez”.
Grande parte das mulheres após terem seus filhos acreditam que não podem ser fracas pois têm uma vida em suas mãos, tomam todas as responsabilidades para si, e demonstrar que estão perdidas seria um sinal de fraqueza, que não acham certo revelar, o que pode tornar o pós-parto mais doloroso e em alguns casos tornar o purpúreo uma possível depressão pós-parto, Aline afirma que o papel de cuidar da criança não é só da mãe o pai também deve arcar com as responsabilidades e que a família também pode ajudar a passar por este momento de uma forma mais leve. “As pessoas em volta podem ajudar dando apoio, suporte físico e emocional, ajudando nas tarefas do dia a dia e ajudando com o bebê, são pequenas coisinhas, que podem ser uma grande ajuda nesse momento que é tão estressante, conversar com ela perguntar sobre o que está sentindo, trocar o bebê para ela lavar uma louça, já ajuda muito”.
E completa “O pai assim como a mãe tem responsabilidades com a criança podendo assim trocar suas fraldas, dar banho, organizar a casa entre outras tarefas que devem ser divididas para que nenhuma parte fique sobrecarregada”.
Adriane de Sousa Borba também enfermeira, alerta para os cuidados com este momento por ter uma grande probabilidade de se tornar uma depressão pós- parto “Enquanto o puerpério é passageiro, geralmente durando de 15 a 25 dias e ligado a mudanças hormonais, a DPP é uma condição mais persistente, que requer acompanhamento psicológico e psiquiátrico. A depressão pós-parto geralmente se desenvolve dentro das primeiras semanas após o nascimento do bebê, mas pode começar mais tarde até um ano depois do parto com sinais e sintomas mais intensos e duradouros que o purpúreo, e eventualmente, pode interferir na capacidade da mãe de cuidar de seu bebê e de lidar com outras tarefas diárias”.
Fique de olho
A especialista afirma que a atenção à mulher e ao recém-nascido (RN) no pós-parto imediato e nas primeiras semanas após o parto é primordial para a saúde materna e neonatal. Pois é nesse momento que surgem diversos sentimentos e questionamentos diante das novas demandas para a mulher, levando-a a buscar apoio, tanto da família quanto dos serviços de saúde.
É de extrema importância que essa mulher faça todas as consultas de puerpério, e cumprir como incentivado no pré-natal visitas ao serviço de saúde após o parto para que possa ser avaliado as seguintes questões:
• O estado de saúde da mulher e do recém-nascido;
• orientar os cuidados básicos com o recém-nascido;
• avaliar interação da mãe com o recém-nascido;
• identificar situações de risco ou intercorrências;
• orientar o planejamento familiar (introdução de métodos contraceptivos).
É fundamental a avaliação da rede de apoio familiar dessa mulher, para analisar se está recebendo a ajuda necessária. Por isso é extremamente comum que apresente crises de choro e tristeza, aumento da ansiedade em relação ao bebê, irritabilidade, instabilidade emocional, fadiga e dificuldade em relação ao sono. Mas se observado que apresenta perigo para si mesma e ao bebê, e exterioriza sintomas como:
• Insônia;
• Perda de apetite;
• Visão fria e pessimista do futuro;
• Não responde ao choro ou pedido de atenção do recém-nascido;
• Isolamento social; não atende a porta nem o telefone;
• Sentimento de fracasso como mãe;
• Ideias suicidas.
Se esses sintomas forem observados deve-se procurar imediatamente os profissionais de saúde para que investiguem a causa e se pode ser uma Depressão pós-parto (DPP) para que prossigam com o tratamento necessário. Concluí Adriane.
Redação Cerrado News
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