Incêndios de grandes proporções voltam a atingir Serra do Amolar (MS)
Situação é “crítica e incontrolável”, diz ONG
A propagação das chamas na Serra do Amolar, no Pantanal sul-mato-grossense, voltou a mobilizar os esforços de bombeiros, brigadistas e voluntários. Segundo o governo do Mato Grosso do Sul, o fogo se espalha há quatro dias pela Reserva Particular do Patrimônio Natural Eliezer Batista, queimando mais 10 mil hectares da unidade de conservação. Já de acordo com representantes da ONG Instituto Homem Pantaneiro, que administra a unidade de conservação, a situação é “crítica e incontrolável”.
Cada hectare corresponde, aproximadamente, às medidas de um campo de futebol oficial. O incêndio ameaça ainda outras duas unidades de conservação próximas. Para tentar impedir o avanço das chamas, um avião alugado pelo governo estadual e um helicóptero do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) foram deslocados para a região a fim de auxiliar as equipes que combatem às chamas em terra. Um caminhão com capacidade para 10 mil litros de combustível deve chegar à região em breve.
Em nota, o governo do MS informou que 35 pessoas já estão participando do enfrentamento às chamas. São bombeiros de Mato Grosso do Sul e do Paraná, brigadistas do ICMBio e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), funcionários do Instituto Homem Pantaneiro e voluntários. Desde ontem (27), eles tentam impedir que o fogo atinja à morraria do Amolar, onde o trabalho se torna mais difícil. A área mais crítica fica entre as baías Mandioré e Taquaral.
Além da baixa umidade relativa do ar, as condições climáticas favorecerão uma nova onda de calor, com as temperaturas podendo atingir 41ºC em algumas localidades.
Da Redação Cerrado News