Mãe comemora 1ª cirurgia de enxerto de estudante queimada durante experimento em escola
Annelise Lopes teve 60% do corpo queimado e ainda vai precisar passar por novos procedimentos. Ela está internada em hospital de Goiânia.
A estudante Annelise Lopes de Andrade, de 16 anos, passou pela primeira cirurgia de enxerto de pele, em Goiânia. Ela teve 60% do corpo queimado durante um experimento no colégio, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Nas redes sociais, a mãe da adolescente comemorou a evolução da filha.
“Ocorreu tudo bem ontem [11] na primeira cirurgia de enxerto reparadora de pele. Obrigado a todos que estão orando pela recuperação dela. Logo ela vai fazer as próximas [cirurgias] e logo estaremos em casa”, disse Diolange Lopes Carneiro.
Os enxertos foram feito nas coxas e abdômen da adolescente. Ela ainda passará por outras cirurgias para fazer o mesmo procedimento nas costas e braços. Ainda não há previsão de quando elas devem acontecer.
“Ela está evoluindo bem. O sentimento é de gratidão a Deus, pois a recuperação tem sido significativa”, disse a mãe.
A estudante já está internada há 44 dias, dos quais 24 foram na UTI. “Não tem sido fácil para mim, porém seguimos firme e confiante em Deus”, completou Diolange.
Annelise também está fazendo fisioterapia. Em um vídeo, ela aparece até dançando no corredor do hospital enquanto faz os exercícios.
Explosão
O acidente aconteceu em 30 de novembro de 2021. Annelise e mais três estudantes se reuniram em uma sala do Colégio Heli Alves, onde estuda, para fazer o experimento chamado de “fogo invisível”, segundo a mãe. A Polícia Civil investiga o caso.
Coordenador do colégio em que a explosão aconteceu, Marcos Gomes explicou, à época do acidente, que os alunos do 2º ano do ensino médio estavam com aulas remotas e pediram para ir à escola para gravar o experimento de física e química.
Segundo ele, os estudantes foram autorizados a usar uma sala para gravação, mas não avisaram que usariam álcool e nenhum professor ou monitor acompanhava a situação.
“Eles disseram que iriam gravar uma apresentação, mas não explicaram o que iriam fazer. Eles disseram que colocaram fogo ao álcool, mas que acharam que não tinha pego. Por isso, foram colocar mais [álcool] e houve essa explosão”, detalhou o coordenador.
De acordo com o coordenador, Annelise foi a única que se machucou. Ele disse que funcionários da escola ouviram os gritos e levaram a estudante para o chuveiro até que a chegada dos bombeiros.